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sábado, 13 de agosto de 2011

LEITURA ABRACE ESSA IDÉIA: LITERATURA DE CORDEL

Indico o livro “Cordel Adolescente , o xente! “, da Quinteto Editorial, para todas as faixas etárias . É uma história de amor contada em poesia . É gostoso para fazer uma leitura oral, compartilhada e /ou individual. Como  a temática  AMOR, os adolescentes gostam muito e pode ser a  base para um bom projeto neste mês folclore. Na próxima   postagem desta seção colocarei propostas de trabalho a partir da leitura deste livro.

Neste livro um um valentão do nordeste, um cangaceiro muito do sedutor, mas metido que só ele tirou um barato de Bertulina, uma moça nordestina que estava caidinha por ele, depois do primeiro beijo. Mas coitado do valentão, porque a menina não é de tirar farinha não. Nem queira saber o que aconteceu na volta do bonitão


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ALÔ EDUCADOR! POR RUBEM ALVES

Rubem  Alves defini com sabedoria " o que é ser educador ", leia o texto:


A COMPLICADA ARTE DE VER 
( Rubem Alves ) ( Texto extraído da seção "Sinapse", jornal "Folha de S.Paulo", versão on line, publicado em 26/10/2004.)


Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver". Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram". Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção". A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo. Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas". Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

ALÔ EDUCADOR ! AGOSTO, TRABALHANDO O FOLCLORE


Cultura popular é a cultura do povo. É o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas de conhecimento: crenças, artes, moral, linguagem, idéias, hábitos, tradições, usos e costumes, artesanato, folclore, etc.

Gosto muito de música, artes e história e nosso folclore é muito rico nos dando muitas
possibilidades de criar e recriar na educação em todos os níveis. Passarei algumas sugestões de atividades práticas e lúdicas.
Vejam este jogo rítmico. Acima tem um link com o som


        JOGO RITMICO


REFRÃO:

Fruta de Conde
Caqui  jerimum
Água na fonte
Ipê Urucum

·        Repetir a quadrinha algumas vezes  batendo palmas ( versos 1 e 2) e na perna  (2 e 3)
·        Depois cantar nesta seqüência (repetir 2X)
1.texto e palma
2. só palma
3. silêncio
4. texto palma
·        Depois  elaborar dois versos se apresentando, na apresentação de 4 em 4 irão cantando e volta para o refrão:

Ex: Meu nome é  Valdete
       E eu gosto de chichete

Refrão

Meu nome é Eliana
E eu gosto de banana

Refrão

( continua até que todos os participantes cantem e rimem )



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LEITURA: ABRACE ESSA IDÉIA: Leitura para a criança

LEITURA PARA  CRIANÇA NÃO É PARA GENTE GRANDE!

A criança antigamente era criada como adulto, educar a criança como criança é recente. E isto se vê na própria literatura. Na história de Chapeuzinho Vermelho original, por exemplo, ela é comida pelo lobo.Quando se passou a ter a criança como foco procurou-se moraliza-la. E isto aconteceu com muitas histórias hoje infantis.A história da D. Baratinha é ideal para trabalhar o sentimento de perda e frustração, já que o ratão escolhe a baratinha e ela morre. Ele sofre esta perda, se revitaliza e começa procurar outras pessoas. Assim podemos utilizar as histórias infantis com várias intenções já que através da  leitura mexemos com a imaginação, emoção e prazer.Existem fases importantes do leitor  de acordo com a sua faixa  etária e é importante conhece-las para a escolha acertada da história a ser contada e/ou livro a ser lido ou indicado.



FASES DO DESENVOLVIMENTO LEITOR

PRÉ-LEITOR
A partir de 4/5 anos

Fase da descoberta do mundo concreto e do mundo da linguagem, estabelecimento de relações entre imagens e palavras. Fase da leitura visual e preferência por livros que propõem vivências radicadas no cotidiano familiar, cenas individualizadas e textos com rimas.

LEITOR INICIANTE
A partir de 6/7 anos

Fase de aprendizagem da leitura. O leitor reconhece a formação das sílabas simples e complexas. Inicia o processo de socialização e de racionalização da realidade, e tem preferência por histórias bem-humoradas, em que a astúcia do fraco vence a prepotência do forte; aventuras no ambiente próximo, histórias de animais, fantasia e problemas infantis.

LEITOR EM PROCESSO
A partir de 8/9 anos

Fase em que o leitor já domina o mecanismo da leitura, acentuando-se o interesse pelo conhecimento das coisas. Inicia a consolidação do processo de alfabetização e tem atração pelos desafios e pelos questionamentos de toda a natureza. Preferência pelos contos fantásticos, contos de fadas, folclore, histórias de humor e animismo.

LEITOR FLUENTE
A partir de 10/11 anos

Fase da consolidação do domínio do mecanismo da leitura. Desenvolvimento da capacidade de abstração aliada ao pensamento formal e reflexivo. Fase da pré-adolescência e interesse pela participação em grupos ou equipes, daí a preferência pelos heróis ou heroínas que lutam por ideais humanitários e justos. O leitor também aprecia aventuras sensacionalistas de detetives e fantasmas, ficção científica, histórias da atualidade e de amor.

LEITOR CRÍTICO
A partir de 12/13 anos

Fase de total domínio da leitura e da linguagem escrita. Desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo. Capacidade de assimilar ideias e reelaborá-las a partir da própria experiência. Preferência por aventuras intelectualizadas, viagens, confl itos psicológicos, crônicas e contos. A partir de 14 anos, o leitor crítico e independente se aproxima cada vez mais da literatura adulta.